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Energia do mar avança em Peniche com a Eneólica

Data da notícia: 13 Maio 2013

Os três módulos de produção de energia - 100kW cada - para o projeto Wave Roller, chegaram aos Estaleiros Navais de Peniche (ENP), por via marítima, no início de Janeiro de 2012. Trata-se da mais recente versão deste projeto, de tecnologia finlandesa, que produz energia a partir das ondas submarinas do fundo do mar. A preciosa carga constitui a versão pré-comercial desta tecnologia, instalada na zona piloto nearshore do mar de Peniche, cujo protótipo já tinha sido testado anteriormente no mesmo local.

Estes componentes foram fabricados em Kotka, na Finlândia, estando todos os restantes trabalhos de fabrico das secções intermédias e das asas bem como montagem final e preparação da fixação da estrutura ao fundo do mar a cargo dos Estaleiros Navais de Peniche. Todo o desenvolvimento do projeto e a preparação das infraestruturas em terra, estão a cargo da Eneólica.

A versão pré-comercial do Waveroller é co-financiada pela Comissão Europeia, através do 7.º Programa-Quadro, num projeto denominado SURGE – Simple Underwater Renewable Prodution of Electricity. Este projeto, liderado pela AW Energy como tecnólogo e pela Eneólica, pertencente ao Grupo Lena, como promotor do projecto, conta com a participação de 10 parceiros entre os quais o Município de Peniche, os Estaleiros Navais de Peniche, o Instituto Hidrográfico, a ABB Finland e a Bosch Rexroth, do Grupo Bosch entre outros.

Prevê-se que este dispositivo, que é a versão de demonstração à escala real da tecnologia Waveroller seja instalado ao largo da praia da Almagreira durante a primavera de 2012. Esta tecnologia visa produzir energia eléctrica a partir das ondas de fundo que se formam no nearshore, entre os 15 e os 30 metros de profundidade. A profundidade e os fundos com características adequadas a esta tecnologia foram identificados há cerca de quatro anos ao largo da praia da Almagreira, em Peniche, onde começa a surgir uma zona piloto para instalação de tecnologias de nearshore.

O processo de licenciamento da instalação do Waveroller e dos equipamentos complementares, como o cabo submarino e subestação, determinou também a elaboração de um estudo de incidências ambientais, que esteve disponível para consulta pública, e que culminou com a emissão de uma declaração de Relevante Interesse Público por parte do Secretário de Estado do Ambiente. Os diversos licenciamentos foram obtidos junto de diversas entidades como a Direcção Geral de Energia e Geologia, a Direcção de Faróis, a Autoridade Marítima, a Administração da Região Hidrográfica do Tejo, a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional de Lisboa e Vale do Tejo e o Instituto de Conservação da Natureza e da Biodiversidade.

A perspectiva de sucesso do equipamento a instalar na versão pré-comercial, levou os promotores a iniciar o desenvolvimento de um projecto, já com equipamentos em versão comercial, com uma potência total de 5Mw, com previsão de instalação em 2013.